"O baile de Moulin de la Galette", de Renoir
Oficialmente, o impressionismo “viu a luz do dia, na década de 60 do século XIX, ” em Paris. Tendo os seus pilares no naturalismo e sendo continuadora do realismo de Courbet , a pintura impressionista modificou drasticamente a estrutura artística tradicional.
Revolucionou nos seus princípios basilares a forma de exprimir a realidade visível, afastando-a da representação fiel da natureza para reproduzir a verdade perceptiva e sensível.
O impressionismo trouxe, assim, um novo modo de ver a natureza e o mundo exterior , bem como também inovou quanto à forma de os reproduzir na tela com um imediatismo quer temporal quer sensível.
"Banho em Asnières", de Seurat
Este grupo de artistas pretende, pois, captar o instante de uma realidade em constante movimento e que, a cada mutação da luz, muda de aspecto e de verdade.
Neste contexto, parece já não fazer sentido o tema escolhido, o que é relevante é o modo como é captado pelo artista naquele preciso momento de luz, e como tal reproduzido na obra.
Experimentaram igualmente profundas inovações técnicas, em busca de novos processos que possam reproduzir melhor a complexidade dos fenómenos naturais da visão e, em particular, a luz solar e as suas infinitas vibrações e refracções, já que a sua finalidade era traduzir pictoricamente a realidade mutável. Então, saíram dos ateliers e pintaram sur le motif , ao ar livre, em harmonia com a natureza.
Foram os impressionistas quem primeiro se apercebeu de que a luz solar não é um elemento homogéneo e compacto mas sim construída por uma série de puros valores cromáticos.
Assim, dão “asas” à decomposição das cores, fixando-as directamente na tela, tal como saem do tubo, fragmentando os tons e as pinceladas por forma a obterem melhores vibrações luminosas.
E não se ficaram por aí... Descobriram , ainda, que a sombra não representa ausência de cor, que não é uniformemente escura, e que tem uma intensidade cromática diferente, com matrizes lilases. Este facto levou-os a excluir o preto como não cor. Passaram a utilizá-lo pela sua qualidade cromática autónoma.
Acabaram com o claro-escuro, técnica o mais possível académica, afinal acreditavam que “só à cor é confiada a tarefa de definir o espaço e as fronteiras entre as imagens”. As imagens deixaram de ser delimitadas pela linha de contorno.
Utilizam, particularmente, uma técnica pictórica diluída e cores mais claras.
A expressão mais forte do impressionismo é, decididamente, a pintura de paisagem. Contudo, podemos constatar que a atenção dos artistas também se centra muito nos temas da vida quotidiana e citadina, do qual o trabalho de Degas é um excelente exemplo, com suas lavadeiras, engomadeiras, bailarinas absorvidas pelos ensaios... Cézanne acrescentou-lhe, contudo, a análise do aspecto interior, da essência.
"As grandes banhistas", de Cézanne
CURRICULUM VITAE
TAMBÉM ESTOU AQUI
Galeria Vieira Portuense - Salão de Primavera 2011
outros pincéis (por onde passo)
ilustração e desenho
A arte de ilustrar para a infância
Ilustrações, Desenhos e outras coisas
grafiti, grafismo e fotografia
podem dar jeito...
Mulheres portuguesas na Pintura
Mais