Era uma vez um País
SARA VIEIRA
CAPÍTULO 1
Estava uma manhã calma e soalheira de Novembro quando Portugal se atolou completamente na crise impiedosa. Sendo governado por homens espertos mas pouco inteligentes e que devotam poucas preocupações ao País, já que os seus interesses pessoais se sobrepõem… A velha nação Lusitana acordou, pois, à beira do precipício para onde se tem vindo a aproximar a um ritmo cada vez mais célere na última década e meia. Isto, claro, embora tal percurso seja de longa data, parecendo até aos portugueses o único caminho possível. Até agora nunca se avistaram quaisquer desvios da fatídica rota.
Uma frustração sem limites.
O Governo apenas pede que o povo aperte o cinto, mas o povo, apesar de magrinho, há muito que esgotou os furos suplementares que foi fazendo e já não tem mais que apertar. Existem até portugueses que já nem as lágrimas apertam, deixando-as rolar descaradamente pela cara abaixo.
Todavia, de lágrimas está o País cheio – em épocas distantes de orgulho e num passado já não assim tão recente de tristeza -, ansiando agora por gritar. Isso mesmo, gritar a plenos pulmões o quanto está farto de sustentar tachos e banqueiros, corruptos e egoístas, etc… E mais do mesmo.
Era uma vez um País…
"Era uma vez um País..."
Acrílico sobre tela
100 x 70 cm
2011
Sara Vieira
Alguns pormenores, porque as fotos andam com uma qualidade, enfim... o que se consegue arranjar de momento.
E daquela página rasgada se soltaram as palavras ou pequenas partes de frases: "Era uma vez um País", "da fatídica rota", "crise", "impostos", "frustração sem limites", "desgoverno", "apertar o cinto"
CURRICULUM VITAE
TAMBÉM ESTOU AQUI
Galeria Vieira Portuense - Salão de Primavera 2011
outros pincéis (por onde passo)
ilustração e desenho
A arte de ilustrar para a infância
Ilustrações, Desenhos e outras coisas
grafiti, grafismo e fotografia
podem dar jeito...
Mulheres portuguesas na Pintura
Mais