Depois de ter feito aqueles desenhos (que vos mostrei no post anterior) fiquei com vontade de pintar um quadro parecido... E eis que surgiu este (que por acaso era um dos que ia levar para o concurso cujos prazos de entrega foram, por muita falta de ética, alterados):
"E depois da morte?"
60 cm x 80 cm
Acrílico sobre tela
Sara - 2008
E como esta foto tem um problema - não deixa ver bem as sombras no vestido, além de ter o cabelo um pouco avermelhado demais -, vou mostrar-vos esta que é de fraca qualidade mas onde, pelo menos, percebem melhor as diferenças de pigmentos.
Agora, passo a explicar o quadro... A morte é simbolizada pelo céu negro, que fica atrás das suas costas... A vida, está na barra alaranjada em baixo. Se virem, as "brincadeiras abstractas" que lhe coloquei (e com muita textura) fazem lembrar formas vivas, fósseis...
Imaginem que a rapariga perdeu alguém de quem muito gostava e está triste, pensativa... Pensa em como será a vida depois da morte... Não pensamos todos nós nisso?!
"A Grande Aventura Taschen começou em 1980, quando Benedikt Taschen, de dezoito anos, abriu uma loja em Colonia, sua cidade natal, na Alemanha, para negociar a sua enorme colecção de banda desenhada. Ao fim de um ano começou a publicar catálogos que promoviam os seus artigos, mas só em 1984 surge o seu primeiro livro sobre arte:adquiriu 40 000 exemplares em saldo de um livro sobre Magritte, editado em inglês, vendendo-os depois a um preço mais barato do que o preço original. Desde muito novo que Taschen se interessava por arte, mas considerava que os livros de arte eram demasiado caros e difíceis de obter e o sucesso desta ousada manobra provou que Taschen não estava isolado ao pensar que o mercado dos livros de arte devia de ser democratizado (...) 25 anos depois de Benedikt Taschen ter aberto a pequena loja de banda desenhada, a Taschen transformou-se numa das mais importantes e singulares editoras do mercado mundial, publicando um eclético leque de livros para pessoas de todos os gostos e bolsas, sendo distribuídos por todo o mundo em mais de 20 línguas(...)"
Assim, para celebrar o seu 25º aniversário, a Taschen lançou alguns livros a preços especiais. Eu aproveitei e comprei cada um destes livros pela módica quantia de 6,90 euros! Fiz umas compras fantásticas, na minha opinião...
"Um poeta com as asas de um pintor" (adoro!)
capa dura, formato grande, 279 páginas
capa dura, formato grande
Shiele, erótico, intenso...adoro!
capa dura, formato grande, 200 páginas
Posters de propaganda mesmo fabulosos
formato grande, 239 páginas
Tem algumas fotos de nus lindíssimas (para desenhar)
formato pequeno, 575 páginas
Bem, o meu Domingo foi hilariante. Do melhor!
Comecei o dia com uma notícia agradável, ah ah... Ora, o Do Meio deixou cair o meu lindo telemóvel (3G!!!) no balde da esfregona... Sim e o maldito balde tinha água! Sim e o telemóvel não funciona...
Mas coisas destas são até triviais numa casa com 3 filhos como os meus (que ainda são mesmo pequenitos, uma escadinha minúscula e bem reguila).
Bem, vou passar a contar a graçola-mor...
Para quem não sabe, tenho um quadro meu (sim, pintado por mim) em exposição no Fórum Cultural de Alcochete, numa exposição cujo tema é "O 25 de Abril - Visões Contemporâneas".
Ora, os dois mais pequenos não foram à inauguração, embora já tenham ido a exposições de amigos... Mas a inauguração é sempre mais confusa... E hoje, estávamos a falar da exposição e o Do Meio (que tem 3 anos) diz:
"- Quero ir à exposição, ver o quadro da mamã!
E responde-lhe prontamente a irmã mais velha (a Primogénita, que tem seis anos):
- Para quê? A exposição é uma seca!
- Uma seca? - Diz ele, confuso e a não querer acreditar. Continua... - Mamã, a exposição não é uma seca, pois não?! É uma coisa boa, não é verdade?!
- Não é nada uma seca! Pois, filho, a exposição é uma coisa boa! - Digo eu.
E ouvimos a Primogénita muito depressa...
- É uma seca é, Dinis! Olha, é uma coisa em que tens que andar sempre de mão dada (com o pai ou com a mãe)!!!!"
Bem, rimo-nos imenso com o ponto de vista da rapariga!!! Mas até estranhei, porque ela adora quadros e exposições... E ela, pelo menos, já não é "obrigada" a andar de mão dada, ah ah!
E o resto do Domingo passou-se bem... Numa esplanada, com a Caçula (de 2 anos) a "ler" um livro sobre a vida e obra de Lempicka (uma das poucas senhoras mundialmente conhecidas pela sua pintura)... E parece que achou os quadros da tal pintora interessantes, já que ia abanando a cabeça a dizer que eram bonitos, ah ah!
O milionário russo, Romam Abramovich, fez as compras de quadros mais caras de sempre em leilões.
Ora, na semana passada investiu mais de 75 milhões de euros em obras de arte. Pois!
Abramovich comprou o "Benefits supervisor sleeping", de Lucian Freud (em cima na foto), pintor neto do pai da psicanálise, por cerca de 21,33 milhões de euros, num leilão da Christie´s de Nova Iorque. Isso fez com que Lucian Freud se tornasse no pintor vivo mais caro do mundo!
Calma... O milionário russo comprou, igualmente, noutro leilão, um tríptico de Francis Bacon por 55,4 milhões de euros. Esta passou a ser a obra mais cara jamais vendida num leilão.
Há muito tempo que não vos falava de livros... Pois é.
Fui fazendo algumas adições à minha biblioteca de Arte, até porque celebrei mais um ano de vida e, portanto, há sempre uns presentinhos que nos oferecem ou que nos oferecemos a nós próprios (e com os descontos da Feira ainda melhor)...
Bacon, um pincel simplesmente colossal, de uma intensidade que arrepia!
Gosto, especialmente, das cores...
Um visionário naturalista, ambientalista. Muito interessante o "discurso nu", a teoria do bolor e do humus...
Curioso, o "rei do quadrado negro", embora aprecie muito mais as suas pinturas que nada têm a ver com o género que o imortalizou, assim como a da capa...
Estes, apesar de baratos, já não são uma pechincha... Enfim... E estes são do estilo "aprenda você mesmo". Comprei porque focam alguns aspectos "básicos" e mais difíceis de captar
Para quem não sabe, a Servilusa anunciou no seu site o lançamento do 1º Concurso de Pintura Livre.
Supostamente, seria um concurso de pintura que culminaria com uma exposição dos trabalhos seleccionados (incluindo, obviamente, os premiados) em Elvas, no 1º complexo funerário de Portugal, agora prestes a ser inaugurado. Anunciavam, igualmente, um 1º, um 2º e um 3º prémios.
No regulamento, apresentado durante bastante tempo na net, e que imprimi, davam como prazo limite de entrega dos trabalhos o dia 25 de Maio do presente ano. Poucos dias depois, comprometiam-se a revelar os premiados e seleccionados.
Ora, eu fiz um quadro e estava a fazer o segundo para concorrer, isto a contar com o tal prazo que constava na cópia do regulamento que imprimi. De repente, reparo num pormenor interessante. É que a entrega de trabalhos, a realizar na Amadora, era de Segunda a Sexta e o tal 25 de Maio era um Domingo. A acrescentar ainda o facto de nesta semana, como sabem, Quinta ser feriado. Assim, decidi telefonar-lhes para ter a certeza do prazo limite, ou seja se seria na Sexta ou no Domingo. Qual não é o meu espanto quando me informam de que já tinham fechado as entregas. Isto aconteceu na passada Segunda.
"- Já terminou o prazo de entrega dos trabalhos?! Mas não era dia 25?!
- Já, como recebemos mais obras do que as que esperávamos, fomos obrigados a alterar o prazo limite... Há quanto tempo não consulta o nosso site? Viu o regulamento?
- Sim, vi, até o tenho na mão, pois tinha-o imprimido... E na cópia do regulamento que estou a segurar diz que o prazo termina a 25 de Maio!
- Pois, mas encurtámos e já alterámos isso há uns tempos...
- Bem, eu ainda há cerca de umas três semanas estive no site...
- Preencheu a ficha de inscrição?
- Não. Não me pareceu obrigatório enviá-la antes de entregar as obras e eu tenho por hábito fazer tudo junto...
- Sim e não era... Pois... mas as obras aceites no novo prazo estipulado já foram transportadas... já não há nada a fazer..."
Bem, fiquei quase sem resposta... Mas, na realidade, depois de me passar a tal falta de reacção, cheguei à conclusão de que alterar um prazo de um concurso pouco antes do fim não se faz. É feio, pouco ético e por aí fora... E mais... Nunca tinha visto tal suceder. Será que agora quando se pretende concorrer a um concurso, do qual se tem uma cópia do regulamento na mão, se é obrigado a visitar diariamente o site patrocinador para verificar se os prazos são alterados?! Por este andar, em vez de perder tempo a pintar, perderia tempo a navegar nos sites!!!!
A mim, caiu-me mal...
"O que vai mal"
70 cm x 90 cm
Técnica Mista
Sara - 2008
Ok, é uma manifestação. Pois, é! Gosto de muita gente ou de pouca. Apeteceu-me um bom aglomeradozinho! Assim, surgiu-me a ideia... Uma manifestação! Isso! Tem muita gente! Claro, que a ideia me surgiu depois de ter pintado o 25 de Abril... Fiquei com alguma veiazita política mais viva, hehe! Não... Mas pensei: pinto situações que imagino e que se verificam no dia a dia... e porque não pintar alguns momentos mais "fortes"? Daqueles que se tranformam em notícia e que espelham a História de um povo?! Foi o que fiz, ou tentei... E, depois, convenhamos, que a realidade não anda fácil... Pois não...
Ok, é uma manifestação.
Exercício de desenho com borracha e invertido.
O fundo é grafite e o desenho é "desenhado" com borracha.
2008
Parte de um exercício de desenho aumentado à escala, pela técnica da quadrícula (é A2 e não consigo scanear na íntegra).
O mais importante eram as linhas.
2008
A minha amiga Ana, do blog OBSERVARE, lançou-me o desafio de revelar 5 dos meus defeitos. Bem, o desafio em si não é difícil, o pior é escolher só 5 "desvirtudes", ha ha!
Aqui vão...
1. Teimosa - Sou mesmo muito chatinha, às vezes, quando embirro com uma coisa fico ali a ruminar, ou não fosse taurina, hihi!
2. Perfeccionista - Tento sempre ser o mais recta possível, fazer o melhor que sei e isso às vezes cansa-me e seria preferível ser mais descontraída... Então não seria!
3. Exigente - Sou, como já devem ter percebido, exigente comigo própria e isso leva-me a ser com os outros. Se não fosse tão exigente talvez não me desiludisse tanto... enfim...
4. Impaciente - Há quem diga que tenho muita paciência e talvez tenha para certas coisas, por exemplo, para birras dos filhos e similares, mas quando toca ao que é para fazer e precisa ser feito então que se faça... Não me digam muitas vezes "já vou, já faço, há tempo", que não tenho paciência, hehe!
5. Tenho dificuldade em dizer "não" - Regra geral, se é para ajudar, para fazer algo a terceiros, tenho tendência para me chegar sempre à frente... mesmo para quem nem sempre merece... Agora que estou mais crescidinha percebo isso mas continuo a agir da mesma forma, está-me no sangue...
Bem, passo o desafio aos amigos que aqui costumam passar e queiram fazer... Desta vez, não me apetece nomear:)
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