Continuando o ciclo que iniciei de sugestões de livros para aprender a desenhar e a pintar, trago-vos agora uma sugestão para o DESENHO DA CABEÇA HUMANA.
Rostos, quem nunca teve vontade de desenhar um?! Quem nunca tentou desenhar a cara de um amigo ou de um familiar por forma a que o conseguissemos identificar?
Pois... apenas quem goste de desenhar... Mas, garanto-vos que é quase uma "ciência", até porque não basta captar os traços do modelo, também é necessário captar a sua alma através da expressão seleccionada, o que, pessoalmente, considero o mais difícil.
Todavia, para começar, há que perceber um pouco de anatomia. Ter noção das dimensões, proporções e distâncias médias a que as nossas cabeças estão sujeitas, para que depois possemos captar os pormenores que nos diferenciam uns dos outros.
Como gostei razoavelmente da colecção, o livro que sugiro é:
"O Desenho da Cabeça Humana sem Dificuldade", do mesmo autor Burne Hogarth, publicado pela mesma Evergreen (is an imprint of Benedikt Taschen Verlag Gmbh).
A edição cujas capa e contra-capa apresento em cima data de 1999, se bem que os direitos de publicação da original tenham sido adquiridos em 1965 nos EUA.
Penso ter-me esquecido de salientar no post anterior, que estes livros de Burne têm um preço acessível, caso estejam interessados. Quando os comprei rondavam os 13 euros, pelo que não devem ultrapassar muito os 15 euros...
"O estudante de Belas Artes deve dominar numerosas expressões de desenho, e representar a cabeça humana é a mais complexa de todas. Restituir a delicadeza das suas formas, a sua estrutura e as suas proporções constitui um desafio permanente que Burne Hogarth aceitou na presente obra. Em cinco capítulos e mais de 300 ilustrações a preto e branco, ele descreve de uma forma clara as características fundamentais da cabeça e do rosto, e demonstra o que é preciso levar em linha de conta aquando do movimento giratório da cabeça e de que maneira os diferentes pregueados podem influenciar o retrato individual. Hogarth estuda o envelhecimento da cara desde a nascença até à idade avançada assim como os diferentes tipos de cabeça. O capítulo final é dedicado a retratos célebres de Miguel Ângelo, Leonardo Da Vinci, Caravaggio, Durer, Rembrandt, Kathe Kollwitz e Picasso. Um guia indispensável para todos aqueles que querem aprender ou aprofundar a arte do retrato."
"Com este livro aprenderá a:
- desenhar correctamente a forma, os contornos, as proporções da cabeça
- analisar e representar os principais tipos de cabeça
- reproduzir todas as formas características do rosto, como o nariz, a boca, os olhos, etc. e aprender correctamente qual a relação entre elas
desenhar a cabeça de frente, a três quartos e de perfil
- reconhecer as mudanças específicas que a cara sofre desde a nascença até à idade avançada."
Agora, alguns EXEMPLOS DO QUE PODERÁ ENCONTAR:
Como já referi, descobrirá o rosto desde a nascença até a uma idade mais provecta. Mas detalhadamente, poderá apreciar o mesmo rosto com 1 dia, 6 meses, 1 ano, 2 anos, 3,5 / 4 anos, 6-7 anos, 8-9 anos, 11-12 anos, 14-15 anos, 18-20 anos, 25 anos, 30 anos, 35 anos, 40 anos, 45 anos, 50 anos, 55 anos, 60 anos, 65 anos, 70 anos, 75 anos e 80 anos!
Rosto com 3,5/4 anos e com 6-7 anos
Rosto com 14-15 anos e com 18-20 anos
Rosto com 35 anos e com 40 anos
A pedido de uma amiga - se bem que já tinha na ideia fazê-lo - vou, agora, dar algumas sugestões de livros para aprender a desenhar e a pintar. Mas comecemos pelo Desenho...
Na minha opinião, os livros do género «aprenda você mesmo» não deixam ninguém a desenhar e a pintar na perfeição, como é óbvio, porque as nossas próprias faculdades/vocações contam e de que maneira, mas para quem tiver interesse e não souber como começar ou quais os principais pormenores a ter em conta, podem, então, ser uma ajudinha. Além disso, conhecimentos apreendidos nunca são demais, não é?!
Assim, inicio o ciclo pelo DESENHO DA FIGURA HUMANA.
Este livro, cujas capa e contra-capa aqui poderemos ver, chama-se "O Desenho da Figura Humana sem Dificuldade", é da autoria de Burne Hogarth e publicado pela Evergreen (is an imprint of Benedikt Taschen Verlag Gmbh). A edição que vos mostro é de 1998, mas a original data de 1970.
ALGUNS EXEMPLOS DO QUE PODERÁ ENCONTRAR:
"Esta obra não é um curso intensivo de desenho, nem um conjunto de truques a decorar para poder desenhar figuras. Séries de desenhos, análises e textos bem concebidos ajudam-no a captar o corpo humano em movimento e a prendê-lo ao papel. O livro de Burne Hogarth oferece pela primeira vez um sistema convincente e completo que facilita o desenho do corpo humano."
"Aprenderá com este livro a:
- criar figuras, tal como os grandes mestres
- desenhar a figura humana como um corpo sólido tridimensional no espaço
- gerar a ilusão de plasticidade através da reprodução fiel das formas individuais do corpo humano
- representar o corpo humano em diferentes fases do movimento".
Pelo menos, com o presente livro, aprenderão a perceber melhor as proporções do nosso corpo, a conhecerem melhor a nossa figura.
Uma dica: comecem por utilizar uma folha de papel vegetal e tentem copiar uma imagem que vos agrade. Com este exercício, irão familiarizar-se com o traço, o percurso; irão adquirir uma noção mais real. De seguida, tentem fazê-lo sem a ajuda do papel vegetal e, depois, aventurem-se!
A minha pintura para os mais pequeninos, que também são gente!
Este é um público muito exigente e que sabe apreciar o belo. Merece entrar em contacto com esta forma de expressão desde cedo. E eles adoram, adoram desenhar e ver os desenhos dos outros. São muito entusiastas. A minha filha mais velha (que fez há 2 dias 6 anos), ela própria já pintou várias telinhas com a minha ajuda. E se vissem como fica feliz, com o pincel em riste e as mãos todas sujas de tinta!
Assim, esta versão do meu hobby nasceu quase por “necessidade”. Decidi decorar as paredes brancas do quarto dos meus filhos e surgiu a ideia de pintar alguns quadros. Repletos de cor – como é habitual na minha outra pintura – centram-se sobre dois temas distintos: as Histórias de Encantar e o Mundo Animal.
Tento recrear personagens que eles reconheçam das histórias que lhes lemos e algumas que eles gostariam de ser – como o caso da princesa. Porém, aqui, acrescentei um aditivo que muito lhes capta a atenção: cola brilhante colorida. Assim, a coroa da princesa brilha realmente! Qual a criança que não fica fascinada com o brilho?! Pelo menos, os meus filhos foram bastante receptivos...
Tenho pena de só ainda ter feito uns 5 quadros do género, porque ando a preparar uma colecção de "Gordas", mas prometo pintar mais para crianças, quanto mais não seja, para ver o sorriso na carinha pequena dos meus pimpolhos... Eheh !
A minha pintura é, antes demais, um percorrer dos meus sentidos, dos meus gostos das minhas imagens retidas ou imaginárias.
Quando pinto faço-o com o coração e não apenas com os olhos.
Nela é de realçar as cores fortes e intensas – como, por exemplo, o carmim, o azulão, o laranja, o amarelo e o verde - e a construção de composições onde as linhas curvas e planas se fundem em contraposição mas harmoniosamente.
Trata-se de uma pintura moderna, onde, maioritariamente, as pessoas são o centro e a Natureza uma referência. As pessoas são, regra geral, retratadas de forma simples mas muito emotiva.
Todavia, fiz algumas experiências temáticas, onde a metáfora e o mundo natural se fundem nas minhas influências impressionistas, simbolistas, expressionistas de modo peculiar.
O epicentro da minha pintura não é uma técnica primorosa mas sim a criação de algo que possa despertar a atenção de quem a observa e que , de preferência, lhe suscite vontade de voltar a vê-la. Enfim, o que pretendo é criar algo belo e colorido que seja facilmente identificável, apesar de não o ser pelos cânones mais ortodoxos. Não tenho intenção de colocar sombra e luz de forma irrepreensível, de demonstrar numa só obra vários conjuntos de técnicas. Apenas desejo pintar algo que me agrade e que possa agradar aos comuns mortais. Tenho mais interesse em criar uma obra que toque pessoas de diferentes sexos, idades e etnias do que simplesmente outros artistas.
Tenho, também, interesse em criar um estilo próprio e para isso, de modéstia parte, penso ter estar no caminho certo. Até talvez o facto de ser autodidacta e não ter interiorizado demasiadas técnicas e conceitos já descobertos e assimilados tenha facilitado esse propósito demasiado cedo.
Resumindo, linhas diagonais, planos de fundo, primeiros planos não me limitam e, na minha opinião, não deviam limitar muitos artistas, já que vivemos num mundo em constante evolução e em que a arte, ela própria, também não tem conhecido limites. Se Renoir ou Monet, por exemplo, não tivessem criado os seus estilos próprios e originado outro Movimento ainda estaríamos presos ao anterior. Se Picasso ou J. Pollock não tivessem ousado os nossos olhos teriam horizontes limitados, e por aí fora.
A prova de que uma obra não precisa de englobar todos os conceitos (de luz, sombra e/ou perspectiva) com precisão é a “Grande Jattes ”, de Seurat , cujas perspectivas não estão “correctas” mas cujo conjunto da composição é absolutamente fantástico e um dos mais afamados mundialmente.
A minha pintura vanguardista e um tanto naif serve-se muito da opacidade bem diluída dos acrílicos, de pinceladas fortes e vigorosas e de pinceladas que por si só – com a ajuda de alguma transparência criam as formas.
Acima de tudo, a minha pintura transmite a mensagem de que a vida é bem mais simples do que parece se a olharmos de fora, a humanidade é feita de paixão e as emoções de cor.
P. S. - Em breve irei "postar" os meus trabalhos a acrílico e a guache
Apesar de confessar que me dá bastante mais prazer a pintura em tela, onde mexo em pincéis e sujo os dedos com tinta, também gosto de fazer experiências na pintura /desenho considerado mais académico, pelo que, nesse sentido, o retrato e a representação da figura humana ganham grande relevância para mim.
Através do pau de carvão ou dos lápis de pastel – e utilizando o dedo para sombrear e dar textura – dou asas a um trabalho mais clássico, cuja intenção é a de representar o mais parecido possível o objecto (neste caso a pessoa ou o rosto) com a realidade. Aqui, o difícil é captar a expressão, o tal sentimento que vai nos olhos da alma de alguém. Ao desenhar retratos apercebi-me que por muito que fiquem parecidos com a pessoa, se não transmitirem a sua sensibilidade nunca estarão completos ou “perfeitos”.
Considero este género de trabalho de grande importância, pois é um excelente treino e um óptimo modo de adquirir experiência na observação.
Além disso, com a arte moderna, e com o abstraccionismo em voga, há muitos que se aventuram na arte de pintar sem saber desenhar um traço, o que é desprestigiante para a própria pintura. Gosto de muitas obras abstractas mas acho importante que o seu autor saiba desenhar para além delas. Pode não parecer, mas o facto de se saber desenhar e de conhecer técnicas abre muitos horizontes ao trabalho que se pretende levar a cabo.
OBS.: Foto das Fotos do Sapo
CURRICULUM VITAE
TAMBÉM ESTOU AQUI
Galeria Vieira Portuense - Salão de Primavera 2011
outros pincéis (por onde passo)
ilustração e desenho
A arte de ilustrar para a infância
Ilustrações, Desenhos e outras coisas
grafiti, grafismo e fotografia
podem dar jeito...
Mulheres portuguesas na Pintura
Mais