A minha pintura é, antes demais, um percorrer dos meus sentidos, dos meus gostos das minhas imagens retidas ou imaginárias.
Quando pinto faço-o com o coração e não apenas com os olhos.
Nela é de realçar as cores fortes e intensas – como, por exemplo, o carmim, o azulão, o laranja, o amarelo e o verde - e a construção de composições onde as linhas curvas e planas se fundem em contraposição mas harmoniosamente.
Trata-se de uma pintura moderna, onde, maioritariamente, as pessoas são o centro e a Natureza uma referência. As pessoas são, regra geral, retratadas de forma simples mas muito emotiva.
Todavia, fiz algumas experiências temáticas, onde a metáfora e o mundo natural se fundem nas minhas influências impressionistas, simbolistas, expressionistas de modo peculiar.
O epicentro da minha pintura não é uma técnica primorosa mas sim a criação de algo que possa despertar a atenção de quem a observa e que , de preferência, lhe suscite vontade de voltar a vê-la. Enfim, o que pretendo é criar algo belo e colorido que seja facilmente identificável, apesar de não o ser pelos cânones mais ortodoxos. Não tenho intenção de colocar sombra e luz de forma irrepreensível, de demonstrar numa só obra vários conjuntos de técnicas. Apenas desejo pintar algo que me agrade e que possa agradar aos comuns mortais. Tenho mais interesse em criar uma obra que toque pessoas de diferentes sexos, idades e etnias do que simplesmente outros artistas.
Tenho, também, interesse em criar um estilo próprio e para isso, de modéstia parte, penso ter estar no caminho certo. Até talvez o facto de ser autodidacta e não ter interiorizado demasiadas técnicas e conceitos já descobertos e assimilados tenha facilitado esse propósito demasiado cedo.
Resumindo, linhas diagonais, planos de fundo, primeiros planos não me limitam e, na minha opinião, não deviam limitar muitos artistas, já que vivemos num mundo em constante evolução e em que a arte, ela própria, também não tem conhecido limites. Se Renoir ou Monet, por exemplo, não tivessem criado os seus estilos próprios e originado outro Movimento ainda estaríamos presos ao anterior. Se Picasso ou J. Pollock não tivessem ousado os nossos olhos teriam horizontes limitados, e por aí fora.
A prova de que uma obra não precisa de englobar todos os conceitos (de luz, sombra e/ou perspectiva) com precisão é a “Grande Jattes ”, de Seurat , cujas perspectivas não estão “correctas” mas cujo conjunto da composição é absolutamente fantástico e um dos mais afamados mundialmente.
A minha pintura vanguardista e um tanto naif serve-se muito da opacidade bem diluída dos acrílicos, de pinceladas fortes e vigorosas e de pinceladas que por si só – com a ajuda de alguma transparência criam as formas.
Acima de tudo, a minha pintura transmite a mensagem de que a vida é bem mais simples do que parece se a olharmos de fora, a humanidade é feita de paixão e as emoções de cor.
P. S. - Em breve irei "postar" os meus trabalhos a acrílico e a guache
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