Tal como prometi, aqui ficam duas obras, do grande lote das minhas favoritas. Descansem os olhos da leitura e dêem-se ao luxo de contemplar o belo...
Nu com chapeú, de Kirchener
Moscovo, de Kandinsky
Já agora, que mencionei os livros da Taschen, não poderia deixar de referir os mesmos em versão grande, mais completa, com capa dura. Fabulosos, embora o preço também já seja fabuloso – nada que se compare com os anteriores, conte para cima dos 30 euros. Mas, garanto-lhe que vale a pena comprar os dos seus pintores preferidos. São muito muito completos – do melhor que há – e têm todas as ilustrações que gostaria de ver!
Se me dessem um ou dois de presente todos os anos, ficaria feliz.
Mais que recomendo.
Quem ainda não os conhece?! Pois é, primeiro, vendiam-se apenas nas livrarias, agora já os podemos encontrar em alguns hipermercados.
São os livros de formato pequeno da Taschen. Cada um um pintor – vida e obra.
A linguagem é acessível, as ilustrações são bastante boas. Será difícil não encontrar um que diga respeito a um artista que admire. São super baratos, dá perfeitamente para coleccionar, para comprar mesmo os de pintores que não são da sua preferência, quanto mais não seja para se cultivar e para adquirir maiores referências.
Se não tem paciência para ler, disfrute das imagens, é um pouco como ir ao museu sem sair de casa...
Gosto imenso, depois de já os ter lido, volta não volta, folhei-os, pelo prazer de apreciar algo belo. Por isso, recomendo.
O juízo Final, de H. Bosch
Aqui fica uma (primeira) lista de alguns dos mais afamados quadros de sempre que, por acaso, também constituem - na sua maioria – algumas das minhas obras de eleição, identificadas por autor, data (sempre que possível) e local onde actualmente se encontram (salvo erro)...
1º RENASCIMENTO
“Retrato de Arnolfini e sua mulher” – J. Vam EycK, 1434, National Gallery em Londres
2º RENASCIMENTO
“A última ceia” – Leonardo, 1495-98, Santa Maria delle Grazie em Milão
REFORMA E CONTRA-REFORMA
“Juízo Final” (tríptico) – H. Bosch, após 1504, Akademie der Bildenden Kunste em Viena
“Las Meniñas” – Velásquez, 1656, Museu do Prado em Madrid
BARROCO
“A Lição de Anatomia do Doutor Tulp” – Rembrandt, 1632, Mauritshuis em Haia
“Alegoria da Obra Missionária dos Jesuítas” - A. Pozzo, 1691-1694, Igreja de Sant’ Ignazio em Roma
ROMANTISMO
“Viandante sobre um Mar de Névoa” – C. D. Friedrich, 1818, Kunsthalle em Hamburgo
REALISMO OITOCENTISTA
“A visita” – S. Lega, 1868, Galleria Nazionale d’ Arte Moderna em Roma
“O Angelus” – J.–F. Millet, 1858-59, Musée d’Orsay em Paris
IMPRESSIONISMO
“Olympia” – Manet, 1863, Musée d’Orsay em Paris
“Um Domingo à tarde na Ilha da Grande Jatte” – Seurat, 1885-1886
“Moulin de la Galette” – Renoir, 1876, Musée d’Orsay em Paris
“A Banheira” – Degas, 1886, Musée d’Orsay em Paris
“Banho em Asnières” – Seurat, 1883-1884, National Gallery em Londres
SIMBOLISMO
“Donde Vimos? Quem Somos? Para Onde Vamos?” – Gauguin, 1897, Museum of Fine Arts em Boston
“Campo de Trigo com Corvos” – Van Gogh, 1890, Museu Van Gogh em Amsterdão
“A entrada de Cristo em Bruxelas” – Ensor, 1888, Musée Royal des Beaux-Arts em Antuérpia
“O Grito” – Munch, 1893, Galeria Nacional em Oslo
“O Cristo Amarelo” – Gauguin, 1889, Albrigt-knox Art Gallery em Buffalo
“Angústia” – Munch, 1893, Museu Munch em Oslo
EXPRESSIONISMO
“Auto-retrato com modelo” – Kirchener, 1907
“Noite estrelada” – Van Gogh, 1889, Museum of Modern Art em Nova Iorque
“Auto-retrato com máscaras” – Ensor, 1889, Colecção Jussiant em Antuérpia
“Nu deitado” – Modigliani, 1917-1918, Colecção Mattioli em Milão
CUBISMO
“Torre Eiffel” – R. Delaunay, 1910, Salomon R. Guggenheim Museum em Nova Iorque
“Retrato de Ambroise Vollard” – Picasso, 1910, Museum Pushkin em Moscovo
FUTURISMO
“Visões Simultâneas” – Boccioni, 1911, Vonder heyolt- Museum em Wuppertal
“A Cidade que Sobe” – Boccioni, 1910-1911, Museum of Modern Art em Nova Iorque
“O Luto” – Boccioni, 1910, Colecção Particular em Milão
ABSTRACCIONISMO
“Formas em Conflito” – F. Marc, 1914, Bayerische Staatsgemaldesammlung em Munique
“Explosão Lírica” – Magnelli, 1918, Galeria Beyler em Basileia
“Primeira Aguarela Abstracta” – Kandinsky, 1910, Musée National d’Art Moderne em Paris
CONSTRUTIVISMO E BAUHAUS
“Em redor do peixe” – P. Klee, 1926, Museum of Modern Art em Nova Iorque
PARA LÁ DAS VANGUARDAS
“A Aluna” – M. Sironi, 1922-23, Colecção Particular em Veneza
“Maternidade” – G. Severini, 1916, Colecção Severini em Paris
“Duas mulheres correndo na praia” – Picasso, 1922, Museu Picasso em Paris
“O esclavagista branco” – G. Grosz, 1918, Hessisches Londesmuseum em Darmstadt
DADAÍSMO E SURREALISMO
“A persistência da memória” – S. Dalí, 1931, Museum of Modern Art em Nova Iorque
O II PÓS GUERRA
“Crucificação” – Gattuso, 1941-42, Galleria Nazionale d’Art Moderna em Roma
INFORMALISMO
“Número 12” – J. Pollock, 1952, Colecção A. Rockefeller em Nova Iorque
POP ART
“Números Coloridos” – J. Johns, 1959, Albright Knox-Art Gallery em Buffalo
“Interruptor Mole” – C. Oldenburg, 1966, Wallraf-Richartz Museum (Collecção Ludwing) em Colónia
“Colored Campbell’s Soup Can” – Andy Warhol, 1965, Colecção Powers Aspen
“Marilyn Monroe” – Andy Warhol, 1967, Colecção Powers
“Drum Marjorette” – P. Blake, 1957, Colecção Particular
P.S. – Noutra oportunidade farei outra lista para acrescentar a esta. Antes disso, vou postar fotos de obras que considero magníficas para regalarem os olhos e descansarem de tanta leitura...
Para quem não sabia, aqui fica esta curiosidade...
O principal tonalismo da pintura da Europa foi desenvolvido, a partir da primeira década de 1500, por Ticiano, em Veneza, seguindo os exemplos de Giovanni Bellini e de Giorgione.
Obs.: Minha Foto
“Grandes coloristas sabem criar cor com um casaco preto, uma gravata branca e um fundo cinzento” – Baudelaire
“ O artista não desenha o que vê mas o que quer que os outros vejam” – Degas
“O meu jardim é a minha obra-prima mais bela” – Monet
“Na pintura como na música, deve-se procurar mais a sugestão do que a descrição” – Gauguin
“Arrico a vida pelo meu trabalho e já perdi metade da minha razão” – Van Gogh
“Basta de crítica. Quero libertar-me” – Klimt
“A cor é o teclado, os olhos são os martelos, a alma é o piano com muitas cordas. O artista é a mão que toca, e fere uma nota ou outra para provocar vibração na alma” – Kandinsky
“A minha pintura está acabada quando atinjo a primeira emoção que dela se solta” – Matisse
“A criação de uma obra de arte (deve ser) acompanhada pela distorção da forma natural... pois aí se acha o renascimento da natureza” – Klee
“Porque tentar compreender a arte? Acaso se tenta compreender o canto de uma ave?” – Picasso
“A grande arte é a expressão exterior da vida interior do artista” – Hopper
“Há que ter esse culto sagrado por tudo o que possa exaltar e excitar a inteligência! Têm que provocar e perpetuar estes férteis estimulantes, pois só deles podem elevar a inteligência até aos seus mais altos níveis criadores” – Modigliani
“Quando pinto, não sei o que faço... porque a pintura tem uma vida muito própria” – J. Pollock
“A pintura compreende três partes principais – desenho, proporção e cor “ – Piero
“Florença foi o ninho das artes tal como Atenas o foi das ciências” – Vasari
“Ninguém consegue disciplina interior antes de atingir o auge da arte e da vida” – Miguel Ângelo
“O preto é o príncipe das cores” – Renoir
“A pintura é a arte que representa numa superfície plana um fenómeno sensível. O meio da pintura é a cor, como fundo a linha. O pintor transforma em obra de arte a concepção sensível da sua experiência. Não há regras para isso. As regras para cada obra vão-se estabelecendo no decorrer do trabalho” - Kirchener
“Em qualquer época, o tipo de personalidade que desabrocha num pintor resulta de numerosos e diferentes factores: competência técnica, força de vontade e inspiração – qualidades essenciais mas que por si só não são suficientes.
É sabido que a maioria dos artistas reflecte apenas o seu próprio tempo, mas não vai mais longe, ao passo que o artista excepcional se mostra capaz de captar a imaginação de gerações vindouras e a elas dizer algo que directamente as toca (...)” – Robert Cumming in «Comentar os Grandes Artistas», da editora Civilização
Obs.: Na foto, estátua de Rodin, O Pensador
Eis a lista de meus pintores (artistas) preferidos...
Sandro Botticelli (1444/45-1510)
Hieronymus Bosch (cerca de 1450-1516)
Leonardo Da Vinci
Miguel Ângelo (1475-1564)
Rubens (1577-1640)
Rembrandt (1606-1669)
E. Delacroix (1798-1863)
Manet (1832-1883)
Edgar Degas (1834-1917)
Claude Monet (1840-1926)
Rodin (1840-1917)
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919)
Paul Gauguin (1848-1903)
Vincent van Gogh (1853-1890)
Gustav Klimt (1862-1918)
Edvard Munch (1863-1944)
Toulouse-Lautrec (1864-1901)
Georges Seurat
Wassily Kandinsky (1866-1944)
Kirchner (1880-1938)
Pablo Picasso (1881-1973)
Edward Hopper (1882-1967)
Amedeo Modigliani (1884-1920)
Diego Rivera (1886-1957)
Frida Kahlo
Egon Schiele (1890-1918)
Salvador Dalí (1904-1989)
Jackson Pollock (1912-1956)
Andy Warhol (1928-1987)
Fernando Botero (1932)
Depois, gosto de Vieira da Silva, Cargaleiro, Pomar, Paula Rego, etc.
P.S. Espero não me ter esquecido de algum…
Obs.: Minha Foto
Obviamente, pretendo que este seja um espaço por excelência de divulgação da minha obra. Todavia, decidi expandir um pouco mais os horizontes de quem o visitar, dando, também, a conhecer alguma História de Arte, curiosidades sobre artistas (inclusive tenciono publicar algumas breves homenagens a diversos pintores ilustres) , materiais e técnicas de pintura.
Desde que me conheço que sempre tive interesse e aptidão artística, principalmente para a escrita e para o desenho/pintura. A escolha de uma profissão tornou-se um pouco difícil, como podem calcular. Pelo que decidi enveredar por um curso um pouco mais prático (se assim se pode dizer), que apresentava uma maior saída profissional, o de Sociologia. Todavia, o “destino” foi mais forte , acabando por me afastar desse percurso. Assim, um dia, lendo os classificados de emprego descobri uma vaga para jornalista e, quase por brincadeira (já que não tinha qualquer experiência nem estudos nessa área, apenas tinha ganho um prémio de crítica literária da editora Caminho e tinha uma enorme vontade), concorri. Prestei provas e fiquei como jornalista estagiária! Tinha 19 anos. A partir daí, não mais parei (até chegar a chefe de redacção). Consegui a carteira profissional e durante 9 anos, pouco mais não fiz do que escrever, entrevistar personalidades ilustres da política e da cultura nacionais e internacionais. Também viajei muito pelo nosso País continental, fui à Madeira, à Alemanha e ao Canadá.
Depois, por motivos familiares e pessoais, optei por fazer uma pausa profissional e ficar em casa, onde irei permanecer até os meus filhos terem idade escolar. Contudo, este “intervalo” fez renascer em mim a vontade de me dedicar à arte livre e lembrei-me de como gostava de desenhar e de pintar (o que sempre fui fazendo, embora muito de tempos a tempos). Então, pensei “ora, aqui está a altura certa para tentar levar isto mais a sério!”. Quando um dia vi, afixado na parede, um panfleto da minha Junta de Freguesia, a convidar todas as mulheres que desejassem a participar numa exposição colectiva de arte por ocasião do Dia Internacional da Mulher, agarrei a oportunidade e, quiçá, até talvez a tenha encarado como um “sinal”.
Em adolescente ganhei o 1º prémio de desenho promovido pelo então BPA .
Sou autodidacta , mas sempre que necessito recorro ao meu padrinho, que é pintor. O meu padrinho – especialmente conhecido por pintar à mão abat-jours e quadros (mais na área do retrato) por encomenda – hoje, aos 82 anos, está praticamente retirado, de vez em quando lá abre uma excepção, mas teve uma grande carreira, quase 60 anos a satisfazer os desejos artísticos de muitas pessoas conhecidas do nosso País. Contudo, como se sabe “em casa de ferreiro, espeto de pau”, pelo que, além do que observei, aprendi as noções básicas – no que concerne a História e a técnicas de pintura – em muitos livros. Só depois disso, é que comecei a colocar algumas dúvidas ao padrinho e este me começou a ensinar alguns pormenores que ainda não tinha descoberto nos ditos livros!
Espero que gostem do meu BLOG!
Obs.: Minha foto
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